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biografia

Uma rápida aula...

Falar de Wilza Carla, nunca pode ser feito de forma superficial. Dona de um talento e beleza incomuns, além de uma grande  experiência nas mais variadas vertentes da mídia, sempre se destacou por onde passou!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

(Segue o texto retirado do blog http://wilzacarla.blogspot.com.)

 

Wilza Carla Rossi de Brandizi Silibeli Soares Marques Pereira nasceu em 29 de outubro de 1938 em Niterói, Rio de Janeiro.

 

Neta de político famoso no Rio, Wilza foi abandonada pelo pai aos 3 anos de idade e passou toda sua infância dividida entre a mansão dos avós e o "quarto e sala" da mãe. Em 1955, foi convidada na porta do Colégio Sion, por Carlos Manga para um bom papel no filme 'Chico Viola Não Morreu'.

Aceitou e filmou escondida dos avós, que a proibiam até de ter aulas de ballet. Quando o filme estreou Wilza foi expulsa do Sion, mas não desistiu da carreira. No mesmo ano foi eleita Rainha dos Comerciários, foi escalada para o programa de TV "Família Boa Aventura ", no cinema teve um pequeno papel em - " Eleanora dos Sete Mares" , e na produção italiana - 'Pani, Amore e Carnavale'. Tentou também o teatro "sério" na peça - Comédia do Coração - com Paulo Autran, mas acabou partindo para o Teatro de Revista que dava mais dinheiro e mais prestígio.

 

Rapidamente se tornou uma das principais vedetes do país, favorita de muitos políticos. Inicia a famosa coleção de noivos.

 

Em 1957, 1958 e 1959 reina soberana como Rainha do Carnaval. A única na história do carnaval com 3 títulos consecutivos.

 

Wilza já estava passando de voluptuosa para gorda na entrada dos anos 60, mesmo assim seu prestigio e beleza garantiram ainda muitos anos de rebolado. De  1960 a 1964se divide entre Brasil e Portugal, onde estrelou com muito sucesso montagens brasileiras como - "Boa Noite Lisboa" e "Pão, Amor e Reticencias".

Em 1962 Wilza faz sua estreia nos Desfiles de Fantasia do Municipal, com a fantasia -Rainha dos Vampiros - foi desclassificada porque a comissão julgadora considerou sua fantasia imoral. Wilza deu início as suas famosas brigas com o juri e os organizadores do Municipal, sempre que não tirava o primeiro premio. No ano seguinte ganhou todos os primeiros lugares com uma fantasia em homenagem a Ari Barroso - Aquarela do Brasil - e dai pra frente, foi uma coleção de prêmios, na maioria das vezes, na categoria de originalidade, onde sempre foi imbatível !

 

Em 1967 participou da cultuada produção sueca (rodada no Rio) Palmeiras Negras, dos diretores Lassen Ligrend e Iulin Bohim, interpretando o segundo papel do filme, ao lado de Bibi Anderson. Estava então com 133 quilos e faz uma cena totalmente nua. Apesar do filme ter sido muito comentado e censurado aqui no Brasil, trouxe um premio de melhor atriz no Festival de Palermo.

Já na década de 70, Wilza atuou em dezenas de produções do baratas da boca do lixo, alguns cults como - 'Os Monstros De Babaloo' de Elyseu Visconti, considerado o filme mais erótico produzido no Brasil nos anos 70 ( pré-explicito). Mas também teve participações em filmes importantes do cinema nacional, (como 'Os herdeiros' de Carlos Diegues , ou ' Macunaíma ' e 'Guerra Conjugal ' ambos de Joaquim Pedro de Andrade. )

 

Na TV participou de humorísticos como ' Balança Mas Não Cai ' e algumas novelas na antiga Tupi, como : "Jeronimo, O Herói Do Sertão " e "Assim na Terra Como No Céu". Mas foi em 1976 que teve seu grande momento na televisão brasileira, como Dona Redonda, um dos personagens surrealistas da novela 'Saramandaia' de Dias Gomes. Dona Redonda um dia explode de tanto comer e ainda deixa uma cratera no chão. Mas o público exigiu a volta de Wilza, e ela volta na pele de Dona Bitela, irmã gêmea de Redonda. Em 1977, Wilza seria escolhida por Fellini para estrelar 'Casanova', onde desempenharia o papel de uma mulher gigante, mas acabou não rolando.

 

Em 1979 casa-se com o modelo Paulo Bezerra, já grávida de Paola Faieza Bezerra da Silva, que nasce 5 meses depois. Na década de 80 se firma como jurada do Programa Silvio Santos e Raul Gil. Em 1984 começa seus sérios problemas de saúde. Diabética com problemas de acido úrico, pressão alta, infecção urinária e trombose nas pernas, fica várias semanas internada e precisa da ajuda de amigos e artistas, (como Hebe Camargo, Silvio Santos e Roberto Carlos) para pagar suas contas no hospital .

 

Dai pra frente suas aparições foram diminuindo. Ainda teve participações especiais em programas do Chico Anysio, na novela Cambalacho, e alguns humorísticos da TV Bandeirantes. Mesmo com todos os problemas de saúde, continuou desfilando suas fantasias de carnaval como hors-concours.

 

Em 1991 fez na Globo a minissérie "O Portador" de Herval Rossano. Ao lado de Lafayte Galvão formou um casal dono de pastelaria e traficante de sangue. Também em 91, fez sua ultima participação em novelas, na Rede Manchete em Ana Raio e Zé Trovão, no personagem Maria Gasolina. Em 1993 desfila no Municipal pela última vez - ' Recordação De Um Pássaro', encerrando mais de 30 anos de uma trajetória de muito sucesso no mundo das fantasias.

 

Em 1994 os problemas de saúde voltam com força total . Teve a vista atacada por uma catarata que a deixou praticamente cega, a artrose nos joelhos a impediu de andar, em 1995 foi internada as pressas com depressão aguda e a diabetes fora do controle. Ficou quase um ano na UTI e chegou a entrar em coma. O peso muito acima do normal - 190 quilos - complicou ainda mais a situação. Wilza esteve a beira da morte, perdeu a visão e parou de falar.

De lá pra ca, Wilza vem melhorando aos poucos, já operou a catarata e emagreceu 100 kg, hoje pesando na faixa dos 80 mas ainda esta numa cadeira de rodas , devido a falta de verba e também de coragem para implantar uma prótese. Hoje ela vive em São Paulo, na casa da antiga amiga Phedra del Córdoba. Ainda tem muita depressão, perdeu boa parte da memória e não consegue falar muito, sempre se emociona e chora. Provavelmente por constatar que num pais sem memória como o Brasil, hoje ela esta totalmente esquecida.

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